Histórico

         
          No dia 15 de fevereiro de 1960, em seção solene no Circulo Operário de jardim, aconteceu a fundação do Ginásio Padre Miguel Coelho sob a direção do Sr Manoel Bonfim, promotor justiça de Jardim na época.
           Participaram dessa solenidade: Padre Marcelino Aldemir  de Queiroz de Lima, Dr. Romão Sampaio renomado médico e o Sr. Antonio Roriz Filho  - Prefeito Municipal e filho  de Antonio Roriz e Júlia Couto Roriz, doadores do terreno para edificação do  referido Ginásio.
Nessa mesma seção foi apresentado o corpo docente da nova instituição que ficou assim constituído:

Diretor: Dr. Manoel Bomfim (professor de matemática, Francês e Latim).
Vice-diretora: Eunice Sobreira leite ((professora de História)).
Secretário: Sr. Miguel Aquino Pinheiro

Professores por área de ensino:
Matemática, Francês e Latim – Dr. Manoel Bonfim
História – Eunice  Sobreira leite
Religião e Música - Padre Marcelino Aldemir de Queiroz Lima
Português - D, Zenith Alves Feitosa
Ciências e geografia - Dr. Napoleão Neves da Luz
Desenho - Delzuite Gondim Barreto
Inglês – Sônia Soares Sampaio
        
A escola funcionou por três anos sob os cuidados de Sr Bonfim, durante os quais grandes realizações ocorreram, beneficiando a juventude de Jardim com um curso ginasial, mantido por uma pela CENEG uma sociedade mantenedora constituída pelos próprios jardinenses. Após esses 03 anos de funcionamento o seu diretor Dr. Manoel Bonfim, foi transferido da cidade deixando, portanto a grande responsabilidade para todos aqueles que ora conduziam o Ginásio padre Miguel Coelho.
            Nesta ocasião o Dr. Wilson Roriz com o aval da sociedade mantenedora da escola dirigiu-se à vizinha cidade do Crato e lá entregou O Ginásio Padre Miguel Coelho à Congregação das Filhas de Santa Tereza de Jesus, que passou a ser a entidade mantenedora da escola, em caráter particular.
            A responsabilidade de receber das mãos do Sr. Bonfim O Ginásio Padre Miguel Coelho coube a Madre Maria leite Sampaio que foi a 1ª diretora religiosa nomeada pela Congregação da Filhas de Santa Tereza de Jesus.
            Em março de1963, chegam a Jardim as irmãs: Alacoque Maria, Maria leite Sampaio, Maria de Lourdes e Madre Gonçalves, para assumirem a direção do Ginásio, que contou com a eficiência de todo corpo docente e com a abertura de acolhimento dos alunos e comunidade jardinense para receber a filosofia de educação que as filhas de Santa Tereza pretendiam implantar.  
            Nos anos posteriores vieram outras religiosa para a direção da escola tais como: Irmã Maria da paz,  Irmã Giovani Maria, Irmã Iracema Alves Barros,  Irmã Célia, Irmã Antonia Paula,  e irmã Berenice.
             Em 1967 é iniciado o processo de criação da Escola Normal com uma ação conjunta das irmãs e o grande empenho do padre Aldemir, que não conseguiu realizar seu sonho devido o seu estado de saúde ter sido bastante abalado por uma súbita doença a qual não resistiu e faleceu a 17 de junho de 1968.
            O projeto da Escola Normal prosseguiu com o empenho das irmãs e a 25 de março de 1969, numa solene missa celebrada pelo então vigário Padre Manoel Feitosa, nascia a Escola Normal Padre Aldemir em homenagem ao grande vigário jardinense, mestre sábio e orientador que tão bem soube conquistar o coração de todos os jardinenses. Nessa época a instituição tinha como diretora a irmã Maria da Paz, e foi nessa administração que foi doado a Congregação das Filhas Tereza de Jesus, mais uma faixa de terra pelo casal Antônio Roriz e Júlia Couto Roriz, anexo ao Ginásio, onde foi construído o Auditório Madre Ana Couto e a capela da comunidade.
 O parecer de fundação da escola Normal de número 504/71 foi publicado no Diário oficial de 29 de novembro de 1971 e funcionou até 1992.
 Com a criação da escola Normal Padre Aldemir e o Ginásio Padre Miguel Coelho já em funcionamento, as questões burocráticas tornavam-se difíceis para os administradores assumirem dois cursos importantes funcionando no mesmo prédio: Curso Ginasial e Curso Normal de caráter profissionalizante.
 Em 1977, estava na administração da escola, a Irmã Maria Berenice e foi dela a idéia de dar apenas só nome as duas escolas: Ginásio padre Miguel Coelho e escola Normal padre Aldemir, com o objetivo de facilitar a integração humana e cultural dos professores e alunos e facilitar a burocracia. Em 1978 Irmã Antonia Paula assumiu a direção da escola e muito se empenhou para que o Conselho Estadual de Educação favorecesse a junção das duas escolas: Ginásio padre Miguel Coelho e escola Normal Padre Aldemir, já que as duas funcionavam no mesmo prédio e sob uma única administração.
A junção foi oficializada no dia 22 de julho de 1979 com o nome de Centro Educacional Padre Aldemir. A escola continuou funcionando, porém com dificuldades financeiras, o que se tornava difícil a contratação de profissionais à altura das necessidades do Centro Educacional Padre Aldemir.
Para melhorar a situação, Irmã Antônia Paula achou por bem realizar um convênio do curso do 1º grau com o estado do Ceará, Tal convênio foi efetivado no dia 05 de junho de 1982 e foi chamado de Convênio de Contrapartida. O referido convênio funcionou por um período de cinco anos. Os primeiros anos foram favoráveis à escola, mas nos dois últimos anos surgiram sérias dificuldades de ordem financeira e quanto à aquisição de benefícios do estado. No Governo das mudanças com o Sr, Tasso Jereissati, houve um interesse mais acentuado pela educação no que diz respeito a uma reestruturação no Ensino do estado do ceará. Dentre as diversas medidas estabelecidas pelo governo houve esta exigência: não facilitar convênio com escolas particulares a não ser aquelas localizadas onde houvesse carência de vagas para crianças.
 O Centro Educacional padre Aldemir teve seu período áureo nos anos setenta com turmas que chagavam a ter 50 alunos e os benefícios da escola normal que habilitou inúmeros professores que até hoje atuam na sua missão de educar.
            O valioso trabalho prestado à comunidade jardinense pelas irmãs, filhas de Santa Tereza de Jesus tornou-se marca indelével. Durante todos estes anos, o seu trabalho educacional veio somar-se a orientações religiosas e vocacionais.
            No decorrer deste período as dedicadas e zelosas irmãs que passaram pelo CEPA deixaram os vivos sinais do amor que se doa, nas dificuldades e desafios.
            Em 1992 por dificuldades financeiras o CEPA fecha o curso Normal e em 1993 as séries terminais do primeiro grau de 5ª a 8ª, hoje, ensino fundamental. As primeiras séries do ensino fundamental e da educação infantil mantiveram-se firmes não permitindo que o CEPA fechasse as suas portas definitivamente.
            No ano de 1995 a Fundação Madre Ana Couto propôs a Congregação das Filhas de Santa Tereza de Jesus um arrendamento do CEPA, como o objetivo de reabrir as séries terminais do ensino fundamental de 5ª a 8ª séries com perspectiva de abertura do ensino médio. A proposta foi analisada pela superiora geral, Madre Aurélia, e aprovada pelo Conselho da Congregação.  A primeira proposta foi firmada no contrato de arrendamento por três anos de 1996 a 1998. A fundação assume numa sessão que aconteceu no Salão Nobre onde se encontravam presentes: Madre Aurélia – Superiora geral da congregação, Dr. Claudionor Couto Roriz, Sr. Valmir Piancó – Prefeito Municipal, D. Sônia Soares Sampaio – Secretária de Educação, Dr. Cláudio Sampaio Couto e demais membros da Fundação Madre Ana Couto.
No ano de 2001 o Centro Educacional padre Aldemir firma um convênio com o sistema Positivo de ensino que veio trazer grandes benefícios preparando os nossos alunos para um futuro brilhante.
Com a abertura do ensino médio em 2002 a Fundação Madre Ana Couto oferece a comunidade jovem da nossa cidade mais um elemento de promoção. Infelizmente mantemos este curso até o ano de 2006 quando detectamos a inviabilidade do seu funcionamento.
Assim caminha o Centro educacional padre Aldemir empenhado em oferecer à comunidade escolar uma educação libertadora e evangelizadora, norteada nos princípios da fé cristã, orientando a fraternidade e a consciência de que sua força transformadora contribuirá para a construção de uma nova sociedade.
            Desde 1996, a equipe diretiva do CEPA é formada por membros da Fundação Madre Ana Couto:
Diretora – Lucia Maria Couto Lóssio de Macedo
Vice-diretora Ana Álvares Coutinho
Secretária – Maria do Socorro Coutinho.